Quanto tempo eu preciso
Para esvaziar os meus ouvidos
Do tremulo gemido
Do fantasma que abrigo?
Seu sussurro gélido
É tortura ao convívio
E no mais retumbante delírio
Posso ser homem de brios
Esse costume inacessível
De se ouvir com escrutínio
Os erros fálicos destemidos
Que permanecem guarnecidos
Na mascara pobre, enfraquecida
Das memórias infantis esquecidas
Deixe me passar surdo
Para o lado não empedernido
Do cântico feminino.
Gastar palavras
As mesmas faladas
Sem amarras
Sem amarás
Sem sentido sequer
Depois lhe aplico a razão